
O Bitcoin (BTC) registrou uma queda expressiva, rompendo a marca dos US$ 90.000 e atingindo seu nível mais baixo desde novembro. O declínio ocorre em meio ao impacto das tarifas comerciais impostas pelo governo de Donald Trump e uma série de eventos negativos no setor de criptomoedas. Com isso, o mercado digital enfrenta um cenário de liquidações massivas, superando US$ 1,34 bilhão em um curto período.
Na madrugada desta terça-feira, a criptomoeda chegou a cair 6,1%, atingindo US$ 89.700 às 5h50 no horário de Brasília, antes de apresentar leve recuperação. Outras criptomoedas também sofreram perdas expressivas, incluindo Ethereum (ETH), XRP e Solana (SOL). Esse cenário reflete uma inversão brusca do otimismo que dominou o setor após a vitória de Trump, que inicialmente impulsionou os ativos digitais.
O mercado cripto vem enfrentando desafios desde a posse do presidente em janeiro, com o Bitcoin acumulando uma desvalorização de quase 20%. A postura agressiva de Trump em relação ao comércio internacional, aliada às preocupações com a inflação global, tem afetado o sentimento dos investidores. Segundo Adrian Przelozny, CEO da exchange Independent Reserve, a instabilidade macroeconômica tem impactado negativamente a confiança nos ativos digitais, resultando em forte volatilidade.
Além das tensões políticas e econômicas, o setor foi abalado pelo maior ataque hacker da história das criptomoedas. A exchange Bybit sofreu um roubo de aproximadamente US$ 1,5 bilhão em Ethereum, supostamente conduzido por hackers norte-coreanos. O episódio aumentou os temores sobre a segurança das plataformas de ativos digitais. Paralelamente, o lançamento de memecoins associadas a Trump e Melania teve um desempenho decepcionante, com um dos tokens caindo mais de 80% desde seu pico inicial. Esses fatores combinados ampliam a incerteza no mercado cripto e reforçam a necessidade de maior regulamentação e segurança.
