
O dólar comercial fechou em queda nesta segunda-feira (3), marcando sua 11ª sessão consecutiva de desvalorização, a R$ 5,81. A virada no cenário ocorreu após os Estados Unidos anunciarem o adiamento da tarifa de 25% sobre produtos do México por um mês, conforme declaração da presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, após conversa com Donald Trump.
Esse é o maior ciclo de desvalorização da moeda desde 2005, quando o dólar caiu por 14 pregões seguidos, chegando a R$ 2,563. A medida foi acompanhada por um acordo entre EUA e México, que inclui o envio de 10.000 soldados da Guarda Nacional mexicana para reforçar a fronteira e combater o tráfico de drogas, com foco no fentanil, droga apontada como um dos principais problemas pelos EUA.

No cenário global, a ordem assinada por Trump no sábado impõe uma tarifa de 25% sobre importações do México e do Canadá, além de 10% sobre produtos chineses. O temor no mercado é que o Brasil possa ser alvo de tarifas semelhantes no futuro, o que pode impactar exportações e o desempenho da economia nacional.
Atualmente, o dólar acumula uma desvalorização de 5,88% em 2025. Na B3, o contrato futuro para março caiu 0,57%, sendo negociado a R$ 5,8425. Investidores seguem atentos às decisões de Trump e seus reflexos na economia global. A expectativa é que novas tarifas possam ser aplicadas à União Europeia, aumentando a volatilidade do mercado cambial.
