
A cotação do ouro disparou e superou a marca de US$ 2.900 por onça, impulsionada pelo aumento da incerteza global. A crescente busca dos investidores por ativos de proteção tem sido motivada, em grande parte, por questões geopolíticas e pela política tarifária adotada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Esse cenário reforça o ouro como um ativo essencial em momentos de volatilidade, consolidando sua posição como reserva de valor histórica.
A rivalidade entre Estados Unidos e China continua sendo um dos principais fatores que influenciam os mercados, mas um novo fenômeno geopolítico tem ganhado força: a cooperação entre países que desafiam a ordem ocidental. A recente aliança estratégica entre Rússia, Coreia do Norte e Irã demonstra como nações marginalizadas no cenário internacional estão fortalecendo seus laços, aumentando a fragmentação do sistema global e intensificando a busca por ativos seguros como o ouro.
Os bancos centrais também têm aumentado significativamente suas reservas do metal precioso, buscando reduzir a dependência do dólar americano. O Banco Central da China, por exemplo, ampliou suas reservas de ouro em 44,17 toneladas em 2024, totalizando 2.279,57 toneladas. Esse movimento faz parte de uma estratégia de diversificação financeira, protegendo a economia chinesa das sanções e oscilações cambiais que afetam moedas fiduciárias ao redor do mundo.
Diante desse contexto de incerteza, a valorização do ouro deve continuar nos próximos anos. Especialistas apontam que a cotação do metal pode ultrapassar os US$ 3.000 por onça até 2026. Para investidores interessados em exposição ao ouro, ETFs como IAU e GOLD11 são alternativas viáveis, oferecendo liquidez e segurança. No entanto, qualquer decisão de investimento deve ser tomada com planejamento estratégico, considerando o perfil de risco e a diversificação do portfólio.
