Na última semana, o cenário internacional foi marcado por avanços importantes nos Estados Unidos, como a aprovação de um pacote de infraestrutura de US$ 1,2 trilhão pelo Senado e a divulgação dos dados de inflação. Esses dados reforçam a visão do Federal Reserve de que as pressões inflacionárias são temporárias. Na Europa, a recuperação econômica enfrenta desafios, como a escassez de insumos, enquanto a China mostra sinais de desaceleração nas exportações e no crédito, mas com perspectiva de estímulos à frente. Esses movimentos globais influenciam diretamente o mercado brasileiro, exigindo atenção dos investidores.
No Brasil, os indicadores econômicos trouxeram surpresas positivas. O IPCA de julho ficou dentro das expectativas, enquanto o IBC-Br apresentou crescimento acima do previsto, indicando um ritmo consistente na retomada da economia. No entanto, o cenário político continua sendo um fator de incerteza, com discussões intensas sobre o novo programa de transferência de renda, o Auxílio Brasil, e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios. A possível mudança no teto de gastos acende um alerta sobre a sustentabilidade fiscal do país.
A crise sanitária ainda é um ponto de atenção, especialmente com o avanço da variante Delta da Covid-19. Apesar disso, os dados de saúde pública no Brasil mostram melhora, com queda nas internações e um recorde de vacinação diária. Internacionalmente, a preocupação com novas restrições continua, especialmente na Ásia, mas o impacto direto na recuperação global parece controlado até o momento. A resposta dos governos e a evolução da vacinação seguem como fatores-chave para manter o crescimento econômico nos trilhos.
Olhando para os próximos dias, os destaques ficam por conta da ata da reunião do Federal Reserve e da divulgação de dados de atividade econômica nos EUA e na China. No Brasil, a atenção permanece voltada para o ambiente fiscal e a reforma tributária, que ainda enfrenta resistência no Congresso. Além disso, os próximos indicadores da inflação, como os índices da FGV, ajudarão a calibrar as expectativas sobre a trajetória da Selic e o controle inflacionário. Em um ambiente de tantas variáveis, o acompanhamento contínuo é essencial para decisões bem informadas.
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