
Donald Trump “tocando o terror” nos mercados globais
A recente escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China provocou um verdadeiro abalo nos mercados financeiros mundiais. O ex-presidente norte-americano Donald Trump anunciou a possibilidade de aplicar tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses, caso Pequim não retire a retaliação tarifária de 34% contra os EUA. Como resultado, bolsas de valores ao redor do mundo registraram quedas significativas. No Brasil, o Ibovespa caiu 1,7% na abertura e fechou em queda de 1,38%, enquanto o dólar subiu para R$ 5,91, evidenciando a instabilidade econômica global.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones recuou 0,91% e o S&P 500 caiu 0,23%, enquanto o Nasdaq teve leve alta de 0,10%. No entanto, o destaque ficou por conta do S&P 500 VIX — conhecido como “índice do medo” — que subiu 3,69%, alcançando 46,98 pontos. Esse patamar se aproxima de momentos históricos de tensão, como a crise russa de 1998, o colapso do Lehman Brothers em 2008 e o pico da pandemia de COVID-19 em 2020. O VIX mede a volatilidade esperada do mercado e reflete diretamente o nervosismo dos investidores diante de incertezas.
O comportamento de aversão ao risco é um fator psicológico amplamente estudado por economistas como Richard Thaler. Em períodos de estresse financeiro, os investidores tendem a evitar perdas, mesmo que isso signifique abrir mão de ganhos potenciais. O VIX, desenvolvido pela Bolsa de Chicago, calcula essa percepção de risco com base na volatilidade projetada do S&P 500 nos próximos 30 dias. Níveis elevados indicam turbulência iminente e maior cautela por parte do mercado, sendo um termômetro essencial para decisões estratégicas em momentos de crise.
As consequências do conflito comercial foram severas. Bolsas asiáticas, como Nikkei 225 (Japão) e Shanghai Composite (China), caíram 6,5% e 6,4% respectivamente. Na Europa, a DAX (Alemanha) caiu quase 10% e o FTSE 100 (Reino Unido) cerca de 6%. O presidente Trump, em pronunciamentos e postagens nas redes sociais, manteve a postura agressiva, emitindo um ultimato para a China recuar até o meio-dia de 8 de abril de 2025. Caso contrário, tarifas adicionais entrariam em vigor no dia seguinte. A retaliação chinesa atingiu o setor tecnológico norte-americano, com controle sobre a exportação de terras raras. Isso gerou perdas bilionárias para gigantes como Google, Apple, Meta e Tesla, que juntas acumularam perdas de US$ 1,8 trilhão. No total, empresas americanas perderam US$ 6 trilhões em apenas dois dias.

Curioso em finanças e investimentos, compartilho insights práticos e notícias atualizadas para ajudar você a tomar decisões inteligentes com seu dinheiro.
Vamos crescer juntos! 💼📈