Economista vencedor do Nobel faz alerta sobre o futuro do Bitcoin

Desde sua criação em 2009, o Bitcoin passou de uma inovação desconhecida para um dos ativos financeiros mais valorizados do mundo, atingindo um impressionante valor de mercado próximo a 2 trilhões de dólares. No entanto, a criptomoeda continua a ser alvo de críticas por parte de economistas renomados. Entre eles, Eugene Fama, laureado com o Prêmio Nobel de Economia em 2013, recentemente compartilhou sua visão cética sobre o futuro das criptomoedas, questionando sua viabilidade como meio de troca e reserva de valor.

Durante uma entrevista em um podcast, Fama argumentou que a dependência de redes blockchain para sustentar um sistema financeiro global seria inviável devido ao enorme consumo de poder computacional. Além disso, ele destacou a volatilidade extrema do Bitcoin, afirmando que um ativo com variação de valor tão intensa não pode ser considerado uma moeda funcional. Para o economista, a sobrevivência a longo prazo das criptomoedas vai contra os princípios tradicionais da teoria monetária.

Fama reforçou sua visão ao afirmar que as criptomoedas não possuem um valor estável e, portanto, não atendem aos requisitos básicos para serem classificadas como dinheiro. Ele chegou a comparar o Bitcoin a uma bolha financeira, sugerindo que seu colapso é uma questão de tempo. No entanto, o economista reconhece que não pode prever exatamente quando isso acontecerá, mas acredita que, caso a bolha não estoure, será necessário reavaliar toda a teoria econômica vigente.

Apesar das críticas, o interesse por criptomoedas segue em ascensão. Grandes instituições financeiras, como BlackRock e Fidelity, já oferecem opções de investimento em Bitcoin, consolidando seu papel no mercado financeiro global. O debate sobre o futuro das criptomoedas continua dividindo especialistas: enquanto alguns veem nelas o futuro das transações digitais, outros, como Fama, alertam para os riscos que podem comprometer a estabilidade econômica mundial.